Alunos do 7º Semestre do curso de Serviço Social, do ISCA Faculdades desenvolveram um projeto para a criação de uma horta sustentável no interior do Centro de Detenção Provisória de Limeira (CDP). A iniciativa contempla a disciplina de “Oficinas de Intervenção de Serviço Social I”.
Denominada “Horta Sustentável Benefício Verde”, o projeto visa produzir produtos orgânicos que reverberam na qualidade de vida, estimulando a minimização da produção de resíduos, reciclagem e compostagem, além da ressocialização do reeducando.
A implantação da horta orgânica objetiva aumentar a economia do Estado em relação aos gastos alimentares nos presídios. Conforme levantamento realizado pelos estudantes, no CDP de Piracicaba, onde existe um projeto similar, houve uma economia de R$ 26 mil, nos últimos seis meses. Além do consumo próprio, os alimentos produzidos também serão doados a entidades do município.
Para a execução e implantação do projeto, serão necessários alguns processos formativos que incluem estudos, pesquisas, preparação do solo e parcerias com órgãos públicos, privados e organizações da sociedade civil.
“Fizemos um instrumental técnico e partir disso esperamos que consigam ótimos parceiros”, disse a responsável técnica e professora do ISCA, Paula Bortolan Bocaiuva Forster.
O projeto foi apresentado em sala de aula ao diretor Geral do CDP Limeira, Heber Anaor Janei e ao presidente do Conselho de Comunidade da Vara de Execução Criminal (CCVEC), Jeferson Luis Franceschetti.
O documento já foi entregue à Associação Comercial Industrial de Limeira (ACIL) e ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).
O CDP Limeira, inaugurado em abril de 2018, é destinado a presos masculinos provisórios do Regime Fechado. Atualmente conta com uma população carcerária de aproximadamente 1.250 reeducandos. Uma lei permite a remissão de pena de um dia para cada três dias trabalhados.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estima que a média nacional de custo por preso é de R$ 2.400, de acordo com a região do país. São Paulo é o estado com maior população carcerária no Brasil, apresentando um custo médio de R$ 1.450 por preso aos cofres do Estado.